quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Querer e Poder

A princípio trata-se apenas de dois verbos, muito usados no nosso dia-a-dia e conjugados, principalmente, na primeira pessoa. Também são dois verbos que se relacionam com duas faculdades fundamentais da nossa alma: a capacidade e a vontade. Todas as nossas ações estão subordinadas a estas duas faculdades. Agimos por que queremos e podemos ou deixamos de agir por não querer ou não poder. É claro que nem sempre fazemos tudo o que queremos ou podemos. Essas limitações são muitas vezes necessárias e salutares.
Não podemos confundir a aplicação desses dois verbos. Não podemos confundir o que motiva com aquilo que restringe as nossas ações. Não podemos atribuir à uma faculdade o que é próprio da outra. Por exemplo, muitas vezes deixamos de fazer certa coisa por falta de vontade e nos consolamos atribuindo essa inatividade à nossa incapacidade. Isso é uma postura incorreta e injusta. Da mesma forma, como é injusto que se exija que façamos algo que não podemos.
Quando confundimos a ordem a que estes dois verbos pertencem podemos trazer prejuízos para nossa vida e para os outros. Existem muitas coisas que deixamos de fazer não porque nos falta capacidade, mas sim, porque nos falta vontade. E muitas vezes dizemos que não podemos, quando na verdade o que deveríamos dizer é que não queremos.
Gosto muito de um verso das Escrituras que aponta para essa verdade: “Tudo posso naquele que me fortalece” Fp 4:13. Essa afirmação nos faz pensar sobre nossa limitação e nossa provisão. É verdade que existem muitas coisas que fogem à nossa capacidade, é aí que essa verdade divina entra. Deus pode e quer nos capacitar a fazer aquilo que por nossa própria força e aptidão não conseguimos. Quando a verdade de nossa limitação se impõe, podemos recorrer ao Senhor dos impossíveis que prontamente nos socorre e fortalece! Havendo vontade, Deus supre a falta de capacidade! Mas na alma em que a vontade desfalece a inércia predomina.
Nem sempre é possível fazer tudo o que queremos, mas se fizermos sempre o que podemos, não haverá limites para a transformção da realidade em nossa volta!
Por Wilson de Oliveira